“Fluminense vence e sai na frente no agregado”

No confronto de ida das quartas de final da Copa Libertadores, Fluminense e Atlético-MG se enfrentaram na noite desta quarta-feira (18), no Maracanã, com o time mineiro adotando uma postura defensiva e estratégica, tentando repetir o sucesso obtido contra o São Paulo na Copa do Brasil. A equipe comandada por Gabriel Milito se concentrou em neutralizar as ações ofensivas do Tricolor das Laranjeiras e buscar saídas rápidas em contra-ataques. Apesar da disciplina tática, o Atlético acabou sendo derrotado por 1 a 0, com um gol de Lima aos 41 minutos do segundo tempo, deixando a decisão da vaga para o Mineirão.

Estratégia do Atlético

Desde os primeiros minutos, o Galo mostrou que sua prioridade era evitar espaços para o Fluminense. Com linhas defensivas mais baixas e compactas, a equipe se dedicou a bloquear os caminhos para o gol defendido por Everson. Quando tinha a posse de bola, o Atlético enfrentava dificuldades para sair jogando, devido à pressão alta exercida pelos atacantes e meio-campistas do Fluminense. Por isso, na maior parte do tempo, o time mineiro optou por forçar bolas longas, buscando lançar Hulk e Paulinho nas costas da defesa tricolor.

Apesar de encontrar resistência na construção de jogadas, o Atlético conseguiu algumas investidas perigosas, principalmente em contra-ataques. Bernard e Gustavo Scarpa tentaram usar sua habilidade e velocidade para furar o bloqueio defensivo do Fluminense, mas a defesa carioca, liderada por Thiago Silva e Thiago Santos, conseguiu neutralizar as principais investidas.

Segundo Tempo: Mudança de Postura

Na etapa complementar, o Atlético retornou com uma postura mais agressiva. Com a posse de bola controlada, o time passou a ocupar mais o campo de ataque do Fluminense. Bruno Fuchs, atuando quase como um lateral ofensivo pelo lado direito, apoiou bastante e se aproximou de Gustavo Scarpa, criando dificuldades para a defesa tricolor.

O Galo esteve próximo de abrir o placar em duas ocasiões. Aos 15 minutos, após troca de passes entre Fausto Vera e Alan Franco, a bola chegou a Hulk, que girou sobre o marcador e chutou rasteiro, mas Fábio fez grande defesa. Pouco depois, Bernard recebeu na entrada da área, ajeitou para o pé direito e tentou colocar no ângulo, mas a bola passou raspando a trave.

Com o passar do tempo, Gabriel Milito começou a fazer mudanças na equipe, buscando alternativas para manter a pressão e não sofrer contra-ataques. Gustavo Scarpa deu lugar a Palacios, enquanto Bernard foi substituído por Igor Gomes. As substituições, porém, não surtiram o efeito desejado.

Fluminense Aproveita e Marca

O Fluminense, que vinha sendo pressionado, encontrou o caminho do gol aos 41 minutos do segundo tempo. Em uma jogada que começou com Jhon Arias, a bola foi desviada para Lima, que havia entrado no lugar de Martinelli. O meia dominou e, de fora da área, acertou um belo chute no canto direito de Everson, marcando um golaço e colocando o Tricolor em vantagem no confronto.

Após o gol, o Atlético tentou reagir nos minutos finais, mas a equipe não conseguiu organizar jogadas de perigo, e o Fluminense soube administrar a vantagem até o apito final.

Análise do Confronto

O Atlético-MG demonstrou disciplina e organização tática, especialmente no primeiro tempo, quando conseguiu controlar o ímpeto ofensivo do Fluminense. A estratégia de Gabriel Milito foi eficaz em neutralizar as principais peças tricolores, como Ganso e Jhon Arias, mas o time mineiro pecou na criação e finalização das jogadas.

Na segunda etapa, a postura mais ofensiva do Galo foi positiva, mas faltou eficácia no momento decisivo. Hulk, que geralmente é o jogador mais perigoso da equipe, esteve bem marcado e teve poucas chances claras. Bernard e Scarpa, apesar das boas jogadas, não conseguiram transformar as oportunidades em gol.

Perspectivas para o Jogo de Volta

Com o resultado, o Atlético precisa de uma vitória no Mineirão para avançar às semifinais da Libertadores. A equipe terá a vantagem de jogar em casa e contará com o apoio de sua torcida, mas precisará ser mais eficiente no ataque e evitar espaços para o perigoso ataque do Fluminense, que tem mostrado grande capacidade de decisão, especialmente em jogos fora de casa.

O Fluminense, por outro lado, leva a vantagem do empate para Belo Horizonte, mas sabe que o confronto será complicado. O time carioca, comandado por Fernando Diniz, deve manter sua estratégia de posse de bola e controle do jogo, buscando explorar os contra-ataques com Cano e Keno, que têm se mostrado armas letais nesta temporada.

A partida de volta promete ser emocionante e disputada, com os dois times buscando a vaga entre os quatro melhores da América.